sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A saudade que poucos conhecem.

Quatro anos. Quatro anos e eu ainda não entendo direito como tudo aconteceu. O dia 27 de dezembro de 2009 durou mais que um mês. A verdade, entretanto, é que esse dia me assombra até hoje. O dia o qual eu não falei com ele, o dia o qual ele fez o que ele fez e o dia o qual eu vou me lembrar pro resto da vida. Não me mata como matava, mas ele não é tão claro como era. É tão incrível como as coisas vão se apagando na cabeça e você se esquece das coisas ruins sobre aquela pessoa que não vê mais. Eu juro que esqueci todos os defeitos dele. Só lembro do seu sorriso e da sua voz me dizendo que ia voltar logo. Não consigo recuperar a imagem completa dele, é frustrante. Uma parte de mim vai se apagando junto com a minha memória e eu tenho certeza que prefiro sofrer todo dia 27 a esquecer o que ele foi pra mim.

Os anos vão passando, as memórias se apagando, e tudo que eu consigo pensar é como ele se sentiria sobre a pessoa que eu me tornei. Eu não quero deixar ele ir, e não vou. Essa saudade não é aquela que você sente quando viaja. Essa saudade é aquela que entra pela veia e rasteja até o coração, o envolve e o esmaga até faltar ar. Aquela que se esconde debaixo da sua cama e sai quando você menos espera. Essa saudade dói enquanto você lembrar que ela existe.

Eu não sou cego, eu sei que o mundo é escuro e sombrio. Não vou trazer ele de volta, sei disso, mas vou carregar seus sonhos e ideais até eu morrer. Esse menino que vocês conhecem hoje não seria metade do que ele é se não fosse pelo melhor amigo que ele teve na vida dele. Quatro anos, e eu ainda não consigo ficar sem sentir sua falta.

V. A.

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