quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O medo é a minha religião.

"Sabe o que é mais triste? Saber que esses dias que nós estamos vivendo serão os melhores da nossa vida".
Uma amiga minha me disse isso uma vez. Sempre me disseram isso, sempre foi verdade, mas apenas agora eu fui me tocar o quão triste isso é. O quão melancólico a efemeridade da vida humana é. Justamente agora que temos tempo e saúde, fazemos amigos e criamos laços. Coisas que provavelmente não acontecerão no futuro.
As correntes que consideramos feitas de titânio e diamante podem se tornar em areia no fundo da ampulheta, é só uma questão de tempo. Isso é apavorizante. Porque não importa quanto você ama e se importa com a pessoa hoje, as coisas mudam. Tudo muda. Decisões são feitas e acidentes acontecem. No final só restarão memórias, e memórias apenas.
O futuro me dá medo. O presente me deixa nervoso. E o passado está muito distante.
Se agora é o ápice da minha vida, por que estou aqui? Por que estou longe de quem me ama? Por que não a digo o que eu sinto? Por que tenho tanto medo de tomar atitudes, de viver?
Dúvidas.
Respostas estão no futuro, assim espero. Porém temo em consegui-las tarde demais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário