Entretanto, não há nada que mais me intrigue do que as outras pessoas. Pessoas que, pra mim, eram sinceras, puras (mas nunca perfeitas). Um décimo e oito unidades me fazem perceber que valores não servem pra porra nenhuma. Ideais, decisões... Tudo é tão temporário quanto a vida em si. Ah, como me lembro dos erros que cometi, e como me lembro de decisões prudentes que revoguei para reviver sentimentos enterrados. Também me lembro das palavras e atitudes me perfurando por deixar de lado a razão. Hoje, meus amigos, eu estou rindo.
Rindo pois nunca me senti mal por esses erros. Pois as pessoas que tentaram fazer com que eu me sinta mal não conseguiram. E porque essas pessoas cometeram os mesmos erros que eu.
Tudo isso me deixa mais triste e desesperançoso. Ninguém nunca foi alguém pra me dizer se o que eu fiz foi certo ou errado, pra desaprovar ou aprovar as minhas decisões. Assim como eu não sou. E não julgo. Só sei que isso vai ser ruim, assim como foi pra mim.
Crescer dói, principalmente porque descobrimos que o mundo é cinza. Que todos cometem erros e que todos são hipócritas. Que todo mundo mente e que as pessoas se machucam (a elas mesmas e umas às outras) de propósito. A vontade que eu tenho é de me afastar ao descobrir que eu não sou a única bagunça do mundo, e me sinto bem com isso pois tenho certeza de que a única pessoa que pode me consertar sou eu mesmo.